Perdeu o DAC 2025? Saiba tudo o que rolou na segunda edição do maior encontro de lideranças do universo de ativos digitais da América Latina
Promovido pelo MB, o Digital Assets Conference (DAC) trouxe tendências, inovações, oportunidades e lançamentos, com a participação de mais de 20 lideranças globais.
Para impulsionar o debate no mercado de ativos digitais, que segundo o Banco Central (BC), movimentou mais de US$ 10 bilhões no Brasil em 2024, o MB | Mercado Bitcoin, maior plataforma do segmento na América Latina, realizou a segunda edição do Digital Assets Conference (DAC). Com programação extensa, o evento reuniu lideranças nacionais e internacionais para discutir o futuro dos criptoativos, compartilhar insights sobre estratégias do setor e analisar os impactos das principais tendências globais.
O DAC, realizado nos dias 22 e 23 de setembro, reuniu mais de 20 speakers e mais de 700 convidados. Roberto Dagnoni, chairman do MB e CEO da 2TM, destacou que toda a programação do evento foi planejada para estabelecer, no Brasil, um fórum de referência global, posicionando o país como pioneiro no debate do setor na América Latina.
Dedicada ao cenário atual dos ativos digitais, a abertura do primeiro dia contou com Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e um dos economistas responsáveis pela criação do Plano Real. “Provavelmente, há mais caminhos para os ativos digitais progredirem neste sentido do que outra moeda substituir a relevância do dólar”, declarou Franco, em sua fala.
Os temas dos painéis exploraram os impactos imediatos dos ativos no mercado, abordando o papel do bitcoin nas carteiras institucionais, a funcionalidade das stablecoins em remessas e pagamentos, e a forma que os criptoativos estão redesenhando o B2B. Cristiano Castro, Head of Business Development at Brazil; Renato Breia, sócio fundador e CEO da Nord Wealth; Luis Ayala, diretor para a América Latina da BitGo; e Sofia Düesberg, General Manager Brazil da Conduit, estiveram entre os demais nomes que marcaram presença no primeiro dia do evento, o DAC Insiders.
Cristiano Castro, diretor da BlackRock no Brasil, também participou dos painéis e deu uma das declarações mais marcantes do evento: “Millennials investem mais em ativos digitais do que em ações. Não adianta só olhar para o retrovisor”, disse o executivo. “O ouro já foi conhecido como safe haven, mas o bitcoin foi o ativo que mais valorizou nos últimos 10 anos”, explicou.
Já o segundo dia de evento foi dedicado a um debate mais voltado para investidores institucionais, abordando não apenas o futuro dos ativos digitais, mas também a transformação estrutural do mercado. Entre os principais tópicos trazidos nos painéis estão: a integração com as finanças tradicionais, o impacto da regulamentação, a adoção institucional e as tendências internacionais.
Com a abertura de Roberto Campos Neto, VP e chefe global de políticas públicas do Nubank e ex-presidente do Banco Central, o segundo dia contou com nomes como Mardilson Fernandes, conselheiro sênior no Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central do Brasil, Jay Jacobs, U.S Head of Equity ETFs da BlackRock, João Accioly, diretor da CVM, e Stephen Richardson, Chief Strategy Officer & Head of Banking da Fireblocks.
No painel de abertura, no qual esteve ao lado de Roberto Dagnoni, Campos Neto salientou que o mercado de tokenização dobrou desde o ano passado, com destaque para as RWA (Ativos do Mundo Real), que saltou de US$ 13 bilhões para US$ 30 bilhões. “O Brasil tem todos os ingredientes para ser exemplo em tokenização, da mesma forma que tem sido em pagamentos instantâneos e Open Finance”, acrescentou o economista.
Fernando Barreto, head de ETFs Offshore da BlackRock, foi um dos participantes do painel “Mainstreaming Digital Assets”. O executivo afirmou que a integração da blockchain ao sistema financeiro tradicional não é apenas tendência, mas prioridade para a BlackRock. “Estamos focados em trazer a blockchain para dentro do sistema financeiro. O espaço institucional está mudando, e a procura cresce a cada dia”, afirmou Barreto.
Lançamentos exclusivos
Durante o evento, também houve o lançamento do Bitcoin Valuation, uma metodologia inédita para estimar valor do bitcoin, que incorpora análises fundamentadas e machine learning para oferecer aos investidores insights personalizados e maior previsibilidade do comportamento do ativo. O projeto foi liderado por Thiago Fagundes, diretor de negócios do MB, e desenvolvido pela equipe de Research da empresa.
Ao lado de um time multidisciplinar da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), coordenado por Alex Nascimento, professor de Blockchain da universidade, foi criada uma estrutura completa para avaliação institucional do bitcoin, que oferece maior previsibilidade sobre seu comportamento e facilita as alocações dos gestores.
Ao finalizar a segunda edição do DAC 2025, Roberto Dagnoni antecipou as expectativas para 2026: o maior evento sobre ativos digitais para o mercado institucional da América Latina vai se tornar global, com duas novas edições que acontecerão no mês de maio, em Nova York, nos Estados Unidos, e no segundo semestre do ano que vem, em Lisboa, capital de Portugal.
“Depois do impacto da primeira edição do DAC, no ano passado, subimos a régua para 2025. A segunda edição também foi um sucesso, mas, para além disso, nos mostrou o quanto o mercado de ativos digitais cresce e evolui de um ano para o outro - nossa meta é acompanhar tal evolução e ultrapassar fronteiras”, explicou Dagnoni. O MB já possui operação ativa em Portugal, por onde atende toda a Europa, e tem estudado a expansão para os Estados Unidos.
O DAC 2025 foi exclusivo para convidados. Realizado no Teatro B32, em São Paulo, é um evento elaborado para debater os impactos e possíveis caminhos para onde o setor de ativos digitais avança. “Desde a nossa 1ª edição, em 2024, o mercado passou por transformações relevantes: a combinação de inflação, desvalorização de moedas, mudanças fiduciárias e legais, além de outras pressões econômicas, tem levado cada vez mais latino-americanos a voltar sua atenção para a nova economia. Trazer lideranças globais para trocar aprendizados e expectativas sobre a inovação que os ativos digitais representam é crucial”, destaca Dagnoni, chairman do MB.
Presença de parceiros estratégicos
Ao lado do Mercado Bitcoin, outros parceiros de destaque participaram da realização do evento, incluindo a BlackRock, maior gestora de fundos de investimento do mundo; o CME Group, líder em mercados de derivativos; a Fireblocks, referência em infraestrutura de ativos digitais; a Galaxy Digital, pioneira no uso de IA aplicada a ativos digitais; a FalconX, principal corretora de ativos digitais corporativos; e a Tether Gold, reconhecida globalmente na tokenização de ouro.
Além dos nomes já consolidados no mercado, houve o lançamento oficial da OranjeBTC, a primeira companhia da América Latina com estratégia 100% voltada ao Bitcoin. A empresa nasceu com a missão de acelerar a adoção do Padrão Bitcoin no mercado brasileiro, combinando uma tesouraria robusta com iniciativas de educação, pesquisa e investimentos em Bitcoin. A OranjeBTC tem a intenção de se tornar uma companhia com ações negociadas em bolsa ainda em 2025.
Sobre o MB | Mercado Bitcoin
Com 4 milhões de clientes em 12 anos de operação, o MB | Mercado Bitcoin é a plataforma de investimentos em ativos digitais líder na América Latina, a partir da atuação como corretora de criptomoedas, tokenizadora de ativos e banco digital. Primeiro unicórnio cripto brasileiro e entre as 5 maiores tokenizadoras de crédito privado do mundo, tem sedes no Brasil e em Portugal e opera com os mais altos padrões de transparência e integridade financeira, sendo auditada pela KPMG, uma das maiores empresas de auditoria do mundo.
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